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  • segunda-feira, 23 de março de 2009

    Lobisomem


    No Brasil existem muitas versões dessa lenda, variando de acordo com a região. Uma versão diz que a oitava criança em uma sequência de filhos do mesmo sexo tornar-se-á um lobisomem. Outra versão diz o mesmo de um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres. Outra, ainda, diz que o oitavo filho se tornará a fera. Em algumas regiões, o Lobisomem se transforma à meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada. Como o nome diz, é metade lobo, metade homem. Depois de transformado, sai a noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem. Em algumas localidades diz-se que eles têm preferência por bebês não batizados. O que faz com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.
    Já em outras diz-se que ele se transforma se espojando onde um jumento se espojou e dizendo algumas palavras do livro de São Cipriano e assim podendo sair transformado comendo porcarias até que quase se amanheça retornando ao local em que se transformou para voltar a ser homem novamente. No interior do estado de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano. Caso contrário ficara em forma de besta até a morte. A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens são temidos por quem acredita em sua lenda.Algumas pessoas dizem que alem da prata o fogo também mata um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e não 1/2 lobo 1/2 homem...mudam de forma a hora que querem e sabem o que estão fazendo quando se transformam.
    Algumas lendas tambem dizem que se um ser humano for mordido por um lobisomen,e não o encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia,ficara lobisomen para toda a eternidade. No interior do estado de Sao Paulo, divisa com Minas Gerais, esta localizada a cidade de Juanopolis, capital mundial do Lobisomem, com o maior numero de avistamentos da fera registrados em uma so cidade ate hoje.

    segunda-feira, 16 de março de 2009

    "Cabeça de Cuia "

    O Cabeça de Cuia é uma entidade que vive dentro do rio Parnaíba, entre o Piauí e o Maranhão. Já foi descrito como um homem calvo, com uma cabeça disforme que lembra uma cuia. Mas há quem diga, que ele se parece com um homem alto e magro, de cabelo comprido que lhe cai sobrea testa. De sete em sete anos, deve devorar uma jovem de nome Maria ou meninos que nadem nos rios, por isso as mães proíbem que os filhos se banhem. Há mulheres que deixaram de se lavar no rio Parnaíba, sobre tudo nas enchentes, com medo de serem levadas por esta criatura.
    Crispim perdeu seu pai, que era pescador, muito cedo e em conseqüência deste fato, vivia em extrema miséria com sua mãe, já velha e muito adoentada. Ele abraçou a profissão de seu progenitor e pescava nas imediações do rio que recebe as águas do Rio Poti, na zona norte de Teresina. Certo dia, após uma frustrada pescaria e cansado de tanta miséria, chegou até sua casa com muita fome. Sua mãe, serviu-lhe então, apenas um suporte com um corredor de boi. Foi a gota d'água para descarregar sua raiva e canalizar todas as suas dores e agressividade contra a pobre velha. Espancou-lhe com o corredor e ela caiu por terra agonizante, amaldiçoando o filho a tornar-se um morto-vivo, um monstro habitante das águas do Parnaíba. Somente após devorar sete Marias virgens, voltaria ao seu estado natural, desencantando-se. Crispim, doido dedesespero e tomando consciência do que fizera, sai em disparada, tomando a direção do rio, afogando-se.
    Seu corpo não foi encontrado, mas a partir daquele dia em diante, dizem que ele aparece nas cheias, virando as canoas, assustando mulheres e meninos, em sua frenética busca pelo descanso eterno... Muitos pescadores já alegaram terem visto o Cabeça de Cuia com sua grande cabeça calva que se agarra às embarcações e tenta virá-las com seus ocupantes. Um aspecto que impressiona muito, segundo algumas testemunhas da aparição desta criatura, são seus enormes olhos vermelhos, que espreitam de forma apavorante suas vítimas.

    segunda-feira, 9 de março de 2009

    "Boitatá"

    No folclore brasileiro, o Boitatá é uma gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que o incendeiam. Vive nas águas e pode se transformar também numa tora em brasa, queimando aqueles que põem fogo nas matas e florestas.
    A causa desse mito pode ser explicada com uma reação química, ossos de animais, como bois, cavalos etc. que são ricos em fósforo branco, que é um material inflamável(diferente do fósforo vermelho que é usado como medicamento), se aglomeram em um lugar, o osso começa a se decompor, e sobra apenas o fósforo. Quando um raio ou faisca, entra em contato com os ossos semi-decompostos causa uma enorme chama.
    A palavra, de origem indígena como a lenda, tem o significado de cobra (mboi) de fogo (tata), sendo Mbãetata em sua lingua original. Pensaram entao, em juntar as duas palavras (mboi e tata) para transforma-las neste mito: Boitatá.
    Na obra Lendas do Sul, de João Simões Lopes Neto, há um conto com este nome que descreve bem o que seja a lenda. Há registro de que a primeira versão da história foi feita pelo padre José de Anchieta, que o denominou com o termo tupi Mbaetatá - coisa de fogo. A idéia era de uma luz que se movimentava no espaço, daí, "Veio a imagem da marcha ondulada da serpente ". Foi essa imagem que se consagrou na imaginação popular Descrevem o Boitatá como uma serpente com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece da seguinte maneira: um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo".
    A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa região, narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado afim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais e de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação frugal deixa a boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar. e de olhos bem fechados. A tentativa de escapar da cobra apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor das matas e das campinas. A verdade é que a idéia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece freqüentemente na literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.

    quarta-feira, 4 de março de 2009

    "Caipora"

    O caipora, conforme a região, pode ser descrito de várias formas: Pode ser a de uma mulher unípede que anda aos saltos, como uma criança decabeça grandíssima, como um caboclinho encantado, ou até como um homem agigantado, montado num porco-do-mato. Pode também ser descrito aindano formato de homem com um pé só, redondo, seguido do cachorro papa-mel, etc. Uns dizem que possui um olho só. Sua ascendência éconfusa, mas seu nome é de origem tupi, " kaa'pora, que significa habitante do mato. Em algumas regiões do Brasil ele surge como um índio pequeno e forte, com o corpo recoberto de pêlos e doido por fumo,parando todo viajante para conseguir uma pitada. Quem o encontra fica infeliz nos negócios e em tudo o que empreende, daí a origem da expressão nordestina: " O Caipora cruzou o meu caminho ou Estou Caipora". Para mantê-lo contente, os caboclos o sustentam com fumo e cachaça, mas, mesmo assim, respeitam determinadas regras: não perseguem fêmeas grávidas nem filhotes, sejam quais forem os animais. Também nãose pode caçar nas sextas-feiras, noites de luar, e aos domingos e dias santos.
    Os indígenas e também os sertanejos defendiam-se dele andando com um tição flamejante durante as jornadas noturnas. Dizem queo Caipora foge instintivamente da claridade.
    Apesar desta lenda não ter influências em nossas vidas, convém frisar que em certas regiões mais longínquas, nos interiores, ainda se crê nesta lenda e assaídas, às noites escuras, costumam trazer medo de um encontro com este personagem que transmite azar!